Primeiro livro que leio de Fiódor Dostoiévski. Fiquei fascinado. Demorei uns quatro meses, mas fiquei boquiaberto. Próximo alvo é Irmãos Karamazov.
O livro conta a história do estudante de direito Raskólnikov, também chamado de Ródia, que planeja e comete um homicídio e para não ser descoberto, outro logo em seguida. O narrador mostra-nos o ambiente, os pensamentos, a doença e várias outras coisas que o influenciam a cometer tal ato hediondo.
Outra coisa forte no livro é o trabalho do então não estruturado inconsciente, pois só o foi por Freud anos mais tarde. Esse inconsciente é demonstrado nos atos do personagem, os quais mostram real arrependimento, mas que não é confessado pelo mesmo na sua consciência. Ele insiste em falar que o melhor que fez foi matar a velha usurária, mas não se utilizar de nada do que roubara e até mesmo de abrir uma bolsinha que continha dinheiro que não poderia ser rastreado como os outros itens roubados mostram que o inconsciente trabalhava em seus atos. Fora a sua confissão do crime.
Além da personagem principal, as narrativas, os demais personagens e a descrição e atitudes desses são incríveis. Claro que Dostoiévski abre uma discussão sobre o tema da obra que é o crime e o real castigo que vem com ele, tratando belamente e filosoficamente disso. Inclusive a filosofia está na boca desses personagens.
Só no epílogo que vemos a redenção do personagem. Uma redenção cristã, uma nova vida que a personagem só a obtém em cárcere, onde percebe o valor da vida.
Outras personagens que me apaixonei são Sônia e Razumíkhin. Mas são muitas os boas personagens.
Não deixe de ler essa obra também. Aconselho muito.
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